Acreditem, essa foi a frase mais perturbadora que ouvi nos últimos dias. Pior que qualquer insulto ou declaração política fantasiosa.
Quinta-feira fui à primeira eliminatória de um festival de música instrumental brasileira e fiquei chocada com a recepção do público. E antes de propor-me a calúnia de julgar tal comportamento, devo dizer que a qualidade musical do evento não deixou nem um pouco a desejar, foi de fato um belo espetáculo.
Já um tanto quanto abalada com o noticiário sangrento, algum pormenor ético me tira do sério e faz pensar que só posso viver num mundo paralelo.
A paciência deve ter mesmo virado artigo de luxo e ninguém consegue mais aproveitar o prazer de se dispor a conhecer coisas novas. E quem se dispõe, troca isso por uma presença na lista de chamada e uma voz a mais a gritar sem saber o real motivo.
Pois bem, aquele cara sentado na poltrona de trás, que preferia o Tiririca, certamente não faz questão nenhuma de ser respeitado por quem quer que seja, porque também não faz o menor esforço para respeitar os outros, e o pior, talvez ele nem saiba disso e sua manifestação tenha sido um ato corriqueiro e irrelevante a seu ver.
Aliás, por falar em ato inconsciente compulsório, decidiram que eu apoiaria uma greve...que coisa não...pelo menos fizeram a gentileza de me avisar.
Deixo aqui meu apelo aos atuais "conservadores chatos" que como eu prezam pelo mínimo de respeito das pessoas para as pessoas, pelo diálogo coerente e pela educação.
* Em uma semana em que os jornais espirraram sangue e as pessoas papo furado e desrespeito, quem sabe aquele consolo traduzido pelas notas do violão e por aquela presença não são mais que suficientes para fazer deitar ao travesseiro alguma tranqüilidade...
Um comentário:
Será que esse ai da frase esteve no sábado? Acredito que não.
Ps.: Por falar nisso, ainda não seu quem ganhou! =/
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