sexta-feira, fevereiro 16, 2007

realidade*: Aquele colorido que eu não conhecia


"HINO DOS BATUTAS DE SÃO JOSÉ

Eu quero entrar na folia meu bem
Você sabe lá que é isso
Batutas de São José
Isto é parece que tem feitiço

Batutas tem atração que
Ninguém pode resistir
Um frevo deste bem faz
Demais a gente se distinguir

Deixa o frevo rolar
Eu só quero saber
Se você vai ficar
Ai meu bem sem você
Não há carnaval
Vamos cair no passo
E a vida gozar"

[João Santiago]


Não passava de mais uma classificação entre tantas na música nacional que se diferenciava por fazer pessoas dançarem com sombrinhas coloridas. Agora vai além de mais uma fração da diversidade.

No meu caderno de rascunhos estão anotados outros temas e textos que falam de momentos de agora [que confesso estou relutante em colocar aqui temendo a redundância, embora o efeito da redundância possa ser a motivação para a transcrição dos textos], mas por ora eles darão licença a mais uma das novas 'descobertas' feita em momento bastante oportuno.

Mais uma quarta-feira de Jazz Sinfônica. Sim! Eu consegui ir ver Spok! E graças à voz do bom senso, às duas da tarde a bilheteria abriu para nos servir do conforto da certeza de uma cadeira numerada.

Desta vez não havia ninguém reclamando de demora para a abertura dos portões do auditório, só o que ouvi foi o deslumbramento ao final do concerto, de pessoas, que como eu, só ouviram frevo pela tv até então.

Felizmente tem coisas que só sabe quem vive, quem vê ou quem ouve. Simplesmente não há como descrever o que ouvi aquela noite. O máximo que posso dizer é que com certeza foi uma das apresentações de orquestra mais belas que já tive oportunidade de presenciar.

Certamente quem me conhece sabe o quanto sou suspeita em falar sobre a música instrumental brasileira, mas asseguro que este encantamento todo vem justamente desta constante de nunca haver constante ou o conhecimento pleno do que ocorre no país. Aliás, quanto mais conheço, mais vejo que estou distante desse conhecimento todo.

Coloquei uma pequena amostra do que ouvi para que você possa tirar sua própria conclusão e despertar por si a vontade de ampliar seu repertório musical.









pois é*: toda essa história me fez lembrar que ainda existe carnaval e que talvez este seja mais um ano em que passarei sentada no sofá. Um tanto quanto triste, já que mesmo meus míseros 20 anos têm saudades dos carnavais do Rio e dos blocos de rua do interior de alguns anos atrás. Quem sabe ano que vem, pelo menos o Anhembi veja minha cara de perto.

quem é o Spok?*: um dos melhores saxofonistas que conheço.

2 comentários:

Cesar Franco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cesar Franco disse...

Olá Aline, ou Lili, se me permite..rsrs
Eu estava passeando pelos caminhos da internet quando vi aqui esse reporte sobre a música brasileira. Te confesso que não sou fã dos ritmos daqui por eles serem muitos alegrinhos sabe? Eu prefiro algo mais torturante e melancólico como Requiem e coisa do tipo. Te confesso também que faz anos, décadas, séculos, milênios que não saio do sofá no carnaval. Ultimamente de medo de sair de casa e não voltar, porque o que morre de gente nessa comemoração, não é brincadeira não! Mas detalhe bobo. Gostei do Blog, parabéns! E Juizo nesse carnaval se for pular, nem que seja encima do sofá. Ah e só mais uma coisa, ta vendo o comentário excluido ali encima? Fui eu que tive que deletar porque loguei no blog errado, e o google com essa confusão toda, enfim, agente confunde.
Abraços e parabéns novamente, Cesar.