Basta pressionar um botão e pronto, põe-se a sua disposição qualquer coisa que desejar ver. Imagens que condizem com seu estado de espírito no momento, informações sobre assuntos dos quais não extrapolam seus interesses e a liberdade mais limitada que se pode conhecer posta a seu comando. Eis aí a nova discussão acerca do impulso tecnológico dado aos meios de comunicação.
Antes que alguém pense em querer me julgar reacionária, tentarei explicar minha preocupação com este desenfreado avanço.
Tomemos como primeiro exemplo o caso do YouTube, o protagonista de polêmicas recentes e de conseqüências inicialmente palpáveis. Depois de vermos o fracasso de uma tentativa de censura judicial e nos posicionarmos ideologicamente a respeito do que é de fato a tão almejada privacidade, não nos restam duvidas de quão incontrolável pode ser uma ferramenta de acesso livre (tanto na reprodução quanto na criação) a ponto de ser capaz de influenciar o questionamento da opinião publica.
Outro exemplo, que ainda está por vir, apresenta uma face, de certa forma, oposta a anterior, é o da tv digital. Neste caso, teremos também um pacote de informações inteiro a disposição de nossas vontades momentâneas, diferindo-se pela fonte criadora de conteúdo, as empresas de telecomunicação.
Isto posto, volto a minha reflexão inicial: será que estamos preparados para uma manipulação ponderada de tantos assuntos, uma vez que a escolha será sempre por aquilo que nos agrada, fazendo nossos parâmetros de qualidade virarem especialistas nisso ou naquilo que preferimos assistir? Ou, por outro lado, será que o privilégio de escolha mostrar-se-á legítimo tendo em vista o monte de porcaria que a tv aberta nos oferece a atacado?
Pois bem, e numa conclusão delirante de minha parte, penso que justamente aquele tal de YouTube, disposto a receber e transmitir o que o publico deseja como consumo, pode ser a chave para uma demonstração do que realmente nos interessa: diversão (é claro, e a principio a principal utilidade do site), informação (como já anda sendo colocado timidamente através de sites similares com programas educacionais e filmes documentários) e, porque não, alcançando o ápice da falta de desperdício de inteligência humana, sendo utilizado como ferramenta de utilidade publica (exibindo, por exemplo, vídeos como este que nos abre os olhos para percebermos a que ponto chega a palhaçada da política nacional).
vídeo*: já faz algumas semanas que isso aconteceu, mas senti necessidade de colocar isso aqui mesmo assim
enquanto isso no carnaval*: é, mais um carnaval de sofá. Tudo bem, quem sabe ano que vem vou para Recife dançar um frevo... A propósito, lindo desfile da Viradouro.
Um comentário:
Eu boto fé no Clô!
parabéns novamente, pelas boas palavras Lili!
um bjinho
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